Menos de um segundo estou em tuas mãos!
Em uma hora estou em uma caixa de surpresa!
Versifico como um cacto quase triste de mãos ao céu!
Correndo contra um tempo determinado por terceiros!
Sorridente por fora, mas lagrimejante por dentro!
Sou o passageiro de um trem sem volta! Adeus!
Frases escritas em carteiras antigas me lembram,
Chiclês que colam em meus tácitos sentimentos!
Sou imóvel quando estou em movimento,
Tudo passa por minha retina,
O vento que sopra as folhas, o tempo que corre no teu pulso.
As nuvens que pairam sob nossas mentes!
Quase um segundo aqui estou a lhe escrever,
Com um auxilio inadequado de mãos que minhas não são!
Desenho algo que uma criança diz ser amarela como o sol,
Ouço meu nome em caixinhas de fosforos ja descartadas.
Aqui estou, com um vermelho suprimindo meu nariz,
E um chapéuzinho cubrindo minha escassa visão!
É o fim de um ínicio tumutuoso de um tempo parado,
O mesmo que corre em teu pulso, pois sou um boneco torto!
Jonas Dí Bem
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